Por O atacante brasileiro Vinícius Júnior, de 22 anos, foi vítima de insultos racistas pela oitava vez em um estádio de futebol na Espanha, como jogador do Real Madrid. O caso mais recente aconteceu neste último domingo (21), quando torcedores do Valencia ecoaram gritos de “mono” – “macaco” em português – durante a partida entre as duas equipes, que ficou paralisada por oito minutos em função do ocorrido.
Após o duelo, o atleta se posicionou através de notas oficiais e disse que o ato é incentivado pela liga, federação e adversários, que não fazem nada para conter. “Não foi a primeira vez, nem a segunda e nem a terceira vez. O racismo é normal na La Liga. Lamento muito. O campeonato que já foi de Ronaldinho, Ronaldo, Cristiano e Messi hoje é dos racistas. Mas eu sou forte e vou até o fim. Mesmo que longe daqui.”, concluiu o atleta.
O Real Madrid e diversos clubes pelo mundo prestaram solidariedade ao atacante. Além disso, o time espanhol também apresentou uma queixa à Procuradoria-Geral do Estado por “crime de ódio”. A ação também foi feita pelo Movimento Contra a Intolerância (MCI) e a Associação de Jogadores Espanhóis (AFE).
Em entrevista concedida no Japão, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), também condenou a violência contra o brasileiro e informou que vai acionar autoridades europeias para que providências sejam tomadas.
