Por A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu em flagrante, nesta última quarta-feira (04), o frei Elvécio de Jesus Carrara, de 54 anos, por suspeita de produzir e armazenar fotos pornográficas de adolescentes. Natural de São João del-Rei, o frei foi detido durante a Operação Falso Profeta, em São Paulo (SP). Ele também é investigado por outros crimes relacionados à pedofilia, como exploração sexual e estupro de vulnerável.
As investigações começaram a partir de uma denúncia realizada por um membro da própria Igreja Católica, em março deste ano. O religioso mantém um projeto social para jovens em situação de vulnerabilidade na capital paulista e em São João del-Rei (MG). Jovens carentes de Goiás eram acolhidos para “ficar sob os cuidados do projeto social”.
A polícia acredita que o suspeito utilizava a entidade para se aproximar de possíveis vítimas. No site oficial, o projeto é descrito como “um lugar seguro, acolhedor e estimulante para crianças, adolescentes e jovens a fim de garantir melhores oportunidades e perspectivas de vida”. Os policiais acessaram os celulares do frei e das vítimas.
No aparelho do suspeito, encontrou imagens pornográficas de adolescentes e fotos em que o religioso aparece ao lado dos jovens. “Temos comprovada a ocorrência contra uma vítima, mas há indícios de que existem outras. Ele aparecia ao lado de determinado adolescente, ele com roupa, mas as imagens do adolescente sozinho, produzidas por ele e que estavam no celular dele, eram pornográficas”, disse o delegado Evandro Radaelli, em coletiva de imprensa no Departamento Estadual de Investigação, Orientação e Proteção à Família (Defam).
Ainda de acordo com a Polícia Civil, a vítima é um adolescente de 17 anos, natural de Goiás (GO), que passou a morar e estudar em uma casa mantida por um projeto social criado pelo frei Elvécio, em São João del-Rei. As investigações ainda não revelaram se o menor teve a autorização dos responsáveis para fazer a mudança. Inclusive, a vítima visitou o frei na capital paulista no último fim de semana.
A Ordem dos Pregadores “Província Frei Bartolomeu de Las Casas”, onde o suspeito atuava, divulgou em nota que o religioso foi afastado das atividades no início de março e estava proibido de ter contato com as crianças do projeto, mas ele estaria desobedecendo algumas dessas ordens”. A entidade alega, ainda, que o religioso nunca teve permissão da Igreja para realizar o projeto, que era executado “à revelia das orientações das autoridades da Ordem dos Pregadores”.
Fonte: Itatiaia
