Esta semana, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou a possibilidade de aumentar em 20% a tarifa da bandeira vermelha, a taxa mais cara sobre a conta de luz, ainda este mês. Atualmente, os consumidores já estão pagando as contas de energia com o nível dois da bandeira vermelha, que custa R$ 6,24 para cada 100 kWh de consumo. Com o reajuste, o valor chegará a R$ 7,57 para cada 100 kWh.
O governo justifica a sobretaxa em virtude da crise hídrica. Com os reservatórios de água baixos, as usinas térmicas são acionadas para não comprometer a geração de energia, que é mais cara nesse sistema. Apesar do aumento, o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico, Luiz Carlos Ciocchi, assegurou que não faltará energia até novembro, quando começa a estação das chuvas.
Entre as medidas adotadas para evitar o “apagão hídrico” estão a flexibilização de restrições hidráulicas nas bacias do São Francisco e Paraná, aumento da geração térmica e da importação de energia da Argentina e do Uruguai. O governo também estuda evitar o consumo de energia nos horários de pico, com medidas para a indústria e consumidores residenciais, que podem começar em julho.