Fernando Villavicencio, candidato à presidência do Equador, foi assassinado após levar três tiros na cabeça ao sair de um comício em uma escola na cidade de Quito, no início da noite desta quarta-feira (08). O político tinha 59 anos e deixa cinco filhos e sua esposa, Verónica Sarauz.
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra os últimos momentos de Villavicencio em vida. Na ocasião, o então postulante ao cargo do Executivo aparece entrando em um carro, rodeado de apoiadores, e é possível escutar barulhos de tiros e gritos. Ele foi socorrido e levado para a Clínica da Mulher, hospital da capital equatoriana, mas não resistiu.
De acordo com informações do Ministério Público, um dos suspeitos do crime foi morto depois de uma troca de tiros com policiais locais. A Procuradoria Geral do Equador informou que outros seis possíveis envolvidos no assassinato foram presos. Nove pessoas ficaram feridas no ataque, incluindo uma candidata à deputada e dois militares.
Fernando Villavivencio era ex-sindicalista, jornalista investigativo, defensor dos direitos indígenas e trabalhistas e oscilava entre o segundo e o quinto lugar nas pesquisas de opinião para a presidência. De 2021 a 2023, foi deputado federal no país da América do Sul.
A eleição no Equador vai eleger um presidente, um vice-presidente e 137 parlamentares no próximo dia 20 de agosto. O pleito vai ocorrer de forma antecipada, depois que o atual presidente, Guillermo Lasso, decretou a chamada “morte cruzada”, que impôs a dissolução da Assembleia Nacional e reduziu o tempo de seu próprio mandato.
Após o ocorrido desta quarta, Lasso declarou estado de emergência por 60 dias em toda a nação, permitindo a presença de militares nas ruas, e declarou três dias de luto nacional “para honrar a memória de um patriota”. Em nota, ele lamentou a morte do presidenciável. “Indignado e chocado com o assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio. Minha solidariedade e condolências à esposa e às filhas. Pela sua memória e pela sua luta, garanto-vos que este crime não ficará impune”, afirmou.