Por O compositor, presidente de honra e ex-tesoureiro da Estação Primeira de Mangueira, Hélio Turco, faleceu, na última quinta-feira (08), aos 87 anos. A informação foi confirmada pela agremiação, mas a causa da morte não foi divulgada. Hélio é o maior vencedor de sambas-enredo da história da verde e rosa, sendo autor de 16 obras que ritmaram os desfiles da segunda maior campeã do carnaval carioca.
“É com enorme pesar que a Estação Primeira de Mangueira informa o falecimento, aos 87 anos, de seu Presidente de Honra Hélio Rodrigues Neves, conhecido carinhosamente por todos como Hélio Turco (…) Em nome da presidenta Guanayra Firmino e toda sua diretoria, a Estação Primeira de Mangueira abraça com todo carinho seus familiares e amigos neste momento de grande dor”, disse a nota da agremiação.
Com sua genialidade, Hélio Turco assinou memoráveis sambas da Mangueira, como “Yes, nós temos braguinha”, em 1984, ano em que a escola conquistou dois títulos, e “Cem anos de liberdade, realidade ou ilusão”, em 1988. Nascido no bairro do Grajaú, na zona norte da capital fluminense, ele se mudou com dois anos de idade para o Morro da Mangueira.
Em 1952, ele assistiu o primeiro desfile da verde e rosa, ficando responsável por segurar as cordas que delimitavam o espaço entre a escola e os foliões que acompanhavam o espetáculo. Foi em 1958 que ele entrou para a ala dos compositores da Mangueira. O primeiro título embalado por uma obra composta por Hélio Turco veio em 1960, com “Carnaval de todos os tempos”.
O compositor se tornou presidente de honra da agremiação em 2021, sucedendo a Nelson Sargento. Ao lado do imperiano Aluísio Machado e do portelense David Corrêa (1937-2020), Turco foi homenageado no livro “Três poetas do samba-enredo”, de Rachel Valença, Leonardo Bruno e Gustavo Gasparani.
