Por O Vaticano informou, através de comunicado emitido nesta sexta-feira (31), que o Papa Francisco deverá receber alta médica do hospital Gemelli, em Roma, neste sábado, primeiro de abril. Assim, segundo afirmou o cardeal Giovanni Battista Re – líder máximo do colégio cardinalício – o Papa estará presente em todos os ritos da Páscoa e vai presidir as cerimônias da Semana Santa, mas não vai ler nem celebrar toda a eucaristia.
Francisco foi internado na última quarta-feira (29) após relatar uma pressão no peito e dificuldades respiratórias. Contudo, retornou às atividades papais – mesmo estando no hospital – nesta quinta-feira (30), após reagir bem ao tratamento de antibióticos contra uma infecção de bronquite.
O pontífice, de 86 anos e que completou 10 anos na função de líder da Igreja Católica Apostólica Romana, sofre com problemas de saúde há algum tempo. Isso porque o Papa relata falta de ar constantemente, uma vez que teve parte de um pulmão removido quando era jovem, após um treinamento para se tornar padre em sua terra natal, na Argentina.
Além disso, Papa Francisco sofre de diverticulite e teve que passar por uma cirurgia em 2021 para remover parte do cólon. Em suas aparições públicas, ele também alterna o uso de bengala e cadeira de rodas, em função de um problema no joelho.
Suas hospitalizações recentes têm levantado especulações quanto a uma possível renúncia da função por motivos de saúde. No entanto, Francisco indicou que seguiria o exemplo de seu antecessor, Bento XVI, apenas se estivesse gravemente incapacitado.
No último dia 12 de março, em entrevista concedida à televisão ítalo-suíça, o líder católico revelou a única condição que o levaria a desistir: “Um cansaço que não deixa você ver as coisas com clareza. Uma falta de clareza, de saber avaliar as situações”.
