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ELZA SOARES MORRE AOS 91 ANOS E DEIXA ÁLBUM INÉDITO

Foto: Divulgação

Na tarde desta quinta-feira (20), a cantora Elza Soares morreu aos 91 anos, no Rio de Janeiro. A Rainha do Samba, considerada a “voz do milênio” pela rádio BBC de Londres em 1999, marcou gerações de brasileiros. Transpôs as fronteiras da música, com um carreira que ultrapassou os limites da sonoridade, numa trajetória marcada também pela fome, a violência doméstica, a perseguição política e o desprezo no mercado fonográfico.

Segundo o empresário da artista, Pedro Loureiro, dois dias antes de morrer – por causas naturais – Elsa gravou um DVD de memórias. Deixou também documentários sobre sua vida e obra, além de um disco inédito sobre a crise política brasileira.

Tudo com lançamentos previstos para os próximos meses, de acordo com Loureiro. Em março, o DVD com a coletânea de 16 dos maiores sucessos da carreira, gravado no Theatro Municipal de São Paulo. Em agosto, será a vez do álbum sobre os flagelos políticos atuais, que pela vontade de Elza, deve chegar ao público antes das eleições.

Filha de lavadeira e de pai operário, Elza Gomes da Conceição foi criada na favela de Moça Bonita, no Rio de Janeiro.  Casou-se aos 12 anos, obrigada pelo pai, com Antonio Soares – o Alaúde, o que lhe valeu o sobrenome artístico. Foi mãe aos 13 e aos 15 anos, perdeu dois filhos para a fome e ficou viúva aos 21.

Começou a cantar em 1953, em teste de calouros na Rádio Tupi e só parou quando o coração ordenou. Foi alvo de críticas e polêmicas – a maior delas, em 1962, ano em que o Brasil venceu a Copa do Mundo no Chile – quando o jogador Garrincha, craque do Botafogo e destaque da seleção, deixou a família para viver com a cantora.

Apesar das dificuldades de locomoção, Elza Soares fez shows nos últimos anos em uma cadeira de rodas.  Na agenda, havia compromissos até o segundo semestre de 2022.

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